Matéria de lu(t)a

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Segundo livro de poemas de Rafael Pelissari, "Matéria de lu(t)a" é o fruto do contraponto entre "(...) as forças gravitacionais do mundo do amor e dos sonhos (da lua) e a densidade em consciência das mazelas sociais (das lutas)".

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Depois de seu bem recebido livro de estreia, o "Um boêmio confesso e sua poesia" de 2018, Rafael nos brinda com o belíssimo "Matéria de lu(t)a", livro com o título ambíguo que denota muito do teor da obra. Um livro repleto de poemas em suas muitas formas e apresentações (sonetos, haikais, tankas, poesia marginal, poemas figurados, versos livres e etc).
 

"Num mês:

cem poemas em 28 dias,

sem poemas nos outros 3

... o mês que durou 6."

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Prefácio de "Matéria de lu(t)a" pelo poeta e filósofo Renato Cresppo:

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"Nas nuances que permeiam a mais elevada e nobre das artes literárias - a poesia - se desdobra perante nossos olhos e imaginação, um poeta novo, sagaz e integralmente original, autor de uma poesia luminosa, erudita e também abstrata enquanto concreta, como toda poética sublime.
Pois assim - perdoem-me se reitero - nos versos impressos nesta obra, conhecemos uma técnica sofisticada de um poeta a ‘sui generis’ que como poucos consegue explorar o lirismo da poesia clássica através de sonetos impecavelmente construídos e metrificados como que numa “lapidaria poética”, bem como é capaz de criar jogos com palavras e brincar com todos os aspectos sintáticos e semânticos da língua portuguesa tal como a poesia contemporânea se desabrocha; e tudo isso sem jamais perder de vista a sensibilidades tão vital para contornar com  a sutileza de um nanquim, sem borrar nem desfigurar o teor de cada verso, além de ousar e incitar, no fio da navalha poética, uma revolução estruturada na arte e na cultura.
Podemos perceber na presença desta obra que se plasma entre o peso do chumbo e a leveza de uma pena, um poeta que orbita entre as forças gravitacionais do mundo do amor e dos sonhos (da lua) e a densidade em consciência das mazelas sociais (das lutas).
A autêntica poesia, caros(as) leitores(as), sopra quando quer, e, saber usar o vento e içar as velas é o trabalho do poeta; e 
Pelissari o faz como pouquíssimos sequer 
ousam."

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