Poetiza-te a ti mesmo.
(Só cates)
Poetizar: (v.t.d.) Transformar em algo poético; poetificar; tornar belo.
Catar: (v.t.d.) Procurar insistentemente; buscar.
Joguete de palavras com o célebre aforismo de Sócrates, "conhece-te a ti mesmo".
Últimos versos do meu poema "Poetis AR".
Segue o poema:
Poetis AR
(Rafael Pelissari)
Se fazer em poesia
Num poema
Um pomar
Que floriria.
Poetizo
E profetizo
Sem juízo
Exorcizo.
Nos versos
Imersos
Se batizem
E poetizem!
Exteriorizar a beleza
Em linhas, com fé
Toda grandeza
Evoé!
Sendo a franqueza
Leve como balé
E natural sutileza
Como cafuné
Em rimas nada rimadas
Em métricas nunca contadas
Por torto ou verso livre
Poetizai-vos.
Poetizo
Logo coexisto
Ainda que malvisto
Me imortalizo.
Poetizar é preciso
É viver, não?!
Poetizar eu preciso
Me render são!
Poetizá-lo-íamos
Se poetizá-lo-ei
Em poetizá-lo-eis
Sem necessariamente
Politizar
No eu, tu, ele
Ela - musa que inspira -
Nós, vós, eles
Elas - a mais bela lira.
Poetize-me sem pudores
E faça das minhas rimas
O teor dos teus versos
Na junção destas cores
Seja com prazeres diversos
Uma estrofe cheia de flores
À findar num poema
De amor
Em uma vida
De amores.
Prometo sempre poetizar-te
Sendo este meu baluarte
À louvar-te
Em minh'arte.
Um eterno catar
A busca, a procura
Rimar, suar, ousar
Catemos
Rimemos
E viveremos
À poetizar -
Poetizemos!
Como o ar
PoesiAR
PoetizAR!
Coeso,
Aquilates -
Poetiza-te a ti mesmo.
(Só cates!)


O POETA
por Ekaterina E. Lutrova (@erinlutrova):
Nascido no dia em que é comemorado o dia nacional do livro, 29 de outubro, Rafael Pelissari inequivocamente foi absorto pela magia proveniente das páginas impressas com palavras; um amante de livros em sua universalidade - do conteúdo, da forma e da função. Já colecionava livros até mesmo antes de se alfabetizar, e, ainda criança com um mimeógrafo e autodidata, iniciou seu aprendizado como artesão de livros.
A forma magistral com a qual Rafael se expressa em sua poesia é ao mesmo tempo delicada, sensível, primorosa, eloquente e brutal, feroz, carnal e sensual. Tão poucos poetas de sua geração conseguem tão bem cambiar entre a literatura clássica e seus diversos formatos, estilos e movimentos, com a forma mais sintética, direta-no-ponto e pragmática da maneira contemporânea de expressão literária.
E é justamente por isso que sua obra merece tanto destaque.
Um poeta, artesão, músico, pintor, terapeuta, engenheiro dentre tantos outros dons, virtudes, aptidões e talentos. Um mundo artístico é esse artista no mundo.
Nosso "poeta, poetinha camarada" das noites de boemia poética, "Pelissa" como o conheci, é a personificação do que é arte. Um artista brilhante que vive a sua arte.
Com dois livros já publicados, "Liberte a poesia que há em você" e "Um boêmio confesso e sua poesia", além da participação em diversas coletâneas e antologias, Rafael também é editor, livreiro e artesão de livros tendo também já editado e publicado obras de diversos autores.
Leia na íntegra clicando aqui.


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